terça-feira, 29 de março de 2011

Concreto

Passado sempre encanta! Lembro pouco da pouca idade, mas os concretos me ajudaram a relembrar. Sim, os concretos. Hoje tenho eles como o vilão dessa história. Estão cobrindo todo o cenário. 
Vou começar a me despedir das rápidas subidas nas pedras de mármore quando escutava o barulho do avião que estava chegando mais uma vez na cidade, e ficava na expectativa de ver ele pousar, fazendo seu tradicional caminho. 
Não posso deixar de despedir também das antenas de rádio e tv, que ficava imaginando e muito como aquilo funcionava, de quando começava uma construção e que a cada dia acompanhava uma nova etapa concluída até o colocar das luzes dando o final, ou então dos homens que subiam engraçados os estreitos caminhos para a manutenção e eu ficava tentando ouvir o que eles conversavam... e olha que dava...
Do colorido natal na antena que sempre achei bonita, e no natal ficava mais ainda. Como um prédio sustenta toda aquela armação?! Até hoje me questiono. O brilho dos olhos da minha mãe ao contar da novidade e a emoção para ir até a sacada ver a novidade que a cada ano tinha naquela antena, e ao retornar o olhar para minha mãe, via aquelas luzes brilhando em seus olhos.
Não posso deixar de despedir do medo! Medo da polícia civil, do helicóptero quando ia pousar na garagem, e do trote bem carrasco dos calouros da universidade. 
E claro, do trem, da linda do trem, dos vizinhos, das árvores... venho despedir. 
Só espero não ter que me despedir do pôr do sol. É chato ter que se conformar.
Só posso afirmar que o futuro é concreto. Muito concreto.

domingo, 27 de março de 2011

Um breve texto para uma grande amiga!

As jacas são espertas, pesadas e nunca perdem o sabor. Ficam coladas no tronco, e não esperam o apanhador. Nunca desista dos seus sonhos e se inspire em uma jaca. Seja esperta quando preciso, seja pesada quando preciso e não espere ninguém. Corra atrás dos seus desejos!
Victor Hugo Oliveira

Foi assim que escrevi para minha amiga Caroline! Podem dizer que viajo demais, que filosofo demais, porém foi algo que escrevi e gostei... e fez sentido! Espero que ela e as outras pessoas que leram o verso daquela foto colada naquele mural, estejam pensando nas jacas, e nos desejos. Não podem é parar de sonhar e almejar! Nunca... Agora se sentir desejos pela jaca, tudo bem! 
E fico feliz em saber que minhas palavras estão ajudando as pessoas. Obrigado.

terça-feira, 22 de março de 2011

Os pais,

Os pais sempre matriculam seus filhos em vários tipos de curso quando entram na escola, isso é no geral. Tem uns que são piores. Os filhos, as vezes inocente acabam aceitando... seja aulas de inglês, música, dança, entre vários outros. Eu passei por isso. Não sei se eles enxergam isso de uma forma de ocupar nosso tempo inteiro na semana inteira de preferência, para ficarem livres das pestes, ou se é realmente para o bem. O inglês tenho que admitir que tem uma grande importância no futuro. E já repararam que os filhos mais capetas são aqueles que não fazem nada? Apenas ficam em casa não só enchendo seu saco, mais todos que estão a sua volta? Isso pode ser uma explicação para os problemas atuais da sociedade.
Mais a questão é que eu passei por isso. E hoje vejo que foi triste, tudo tempo perdido. Estudava no período da manhã em uma escola pública, e a tarde não fazia nada. Até que minha mãe resolve me matricular em um conservatório na cidade. Acho que ela pensava lindo em ver o filho dominando um piano, soltando sua arte na música, mas isso sem consultar a coitada vontade de quem ia fazer. De início achei tudo muito bom, diferente. Lembro que começei já na primeira série, e era toda segunda, era dia de internar no conservatório. Entrava as 13 horas, tinha dois horários de musicalização e depois tinha um horário vago, cujo ficava vagando pelo enorme conservatório, sem amigos... só lembro do garoto estranho da pasta do CCAA (quem diria que no futuro iria pra lá)que sofria do mesmo problema que eu, sobra! Logo depois tinha um recreio, aonde eu adquiria meu lanche. Geralmente era um salgado velho e um refrigerante, quando achava as moedas ou perdia, o que sempre acontecia. E era uma lanchonete estranha mesmo, de portas de comércio que abria de vez em quando. E na frente tinha o xerox, onde eu tirava as cópias da partitura das aulas.
Saindo do recreio, vinha o último horário da segunda. Aula de piano. No início foi super legal, mais até eu adquirir o hábito de cortar unha, posição da mão, pé, postura, foi bem chato. Consegui passar por todos esses obstáculos e fui convidado a participar do meu primeiro recital. Minha mãe, claro, ficou super orgulhosa do filho e chamou a família inteira. Isso porque ela não sabia que tinha uns quinhentos meninos pra tocar, e como eu chamo Victor, era um dos últimos a enfrentar a plateia. Até que apareceu alguns familiares pra ouvir eu tocar o piano da UFU por vinte segundos e a música era "meu lanchinho, meu lanchinho, vou comer, vou comer, pra ficar fortinho, pra ficar fortinho, e crescer, e cresver". Fim. Escutei poucos aplausos. O da minha mãe era destaque. O povo estava cansado já daquilo, e hoje, entendo eles.
E assim foi conservatório por quatro anos. O quinto foi o pior de todos. Estava com onze anos e já estava começando a saber mais do mundo. Deu na minha cabeça que queria aprender a tocar violão. Minhas mãe foi no conservatório e conseguiu a vaga para mim, mas, para fazer a aula era obrigatório fazer canto coral na quarta-feira. Tudo bem. Fui na loja, comprei meu violão, e começei minha nova segunda-feira. Musicalização, violão, intervalo e piano. Primeira aula, o pofessor me apresentou o instrumento e mandou eu xerocar umas partituras. Tudo bem, feito. Chegando na próxima semana, começo a tocar o mi. E fiquei um horário... mi mi mi mimi mi mi mi... e assim em todas as notas, até chegar a fomrar com os dedos, juntos em várias notas. Veio a dificuldade. Não conseguia fazer aquilo. E pra mudar de uma pra outra então? Jamais. Começei a estressar e faltar nas aulas do professor cortador de unha nojenta. Matava aula do outro lado, pra que ninguém me visse. Nesses dias, resolvo comprar um picolé de morango e sentar embaixo das árvores... pra quê. Sinto uma água estranha nas costas, e o picolé derretando. Levei as mãos para as costas, senti que era gosmento. Quando voltei a mão pro rumo dos olhos percebo que era cocô de pomba. Que legal. Nunca esqueço também, estava com camiseta laranja. Merda, joguei o picolé fora, e fui direto pro banheiro. Tentei limpar, mais o odor era muito forte. E lá no conservatório tinha um sistema de som, enquanto estava eu, no banheiro literalmente fedido, só escuto... "atenção Victor Hugo... compareça na sala tal", era meu professor de violão me chamando. Merda. Gelei e acabei cagando também. Chamei minha irmã, e ela foi lá pra mim. Ele queria me obrigar a fazer uma prova pra sair da aula dele, mais por fim, nem fiz nada. Eu já tinha saído a muito tempo. Meu pai, ficou revoltado né, comprou violão sem precisar, mas ele conseguiu vender depois. Ainda bem! E as aulas de canto coral na quarta?! Eram chatas também... primeira aula foi muito aquecimento vocal, e uma grande dificuldade pra enontrar o meu diafragma. Até hoje não encontrei. Ela mandava tremer a língua e eu não dava conta, de pegar a caixa de fósforo... (é, era conservatório estadual), e nunca dava conta de acompanhar o ritmo. Cheguei na outra semana, e era meu aniversário. A professora faltou, era aniversário dela também. Nessa época, não pegava ônibus, tinha medo. Ficava séculos esperando meu pai ou o funcionário dele me buscar. E quando arriscava pegar ônibus faltava dinheiro... já passei vários apuros também. E foi nesse dia também que tive minha primeira festa surpresa. Como fui otário, o bolo na minha cara na hora do almoço e nem percebi. E meu pai, por trás da história também, me levou no shopping pra comprar um presente, e pra enrolar também, mas acabei ganhando um cd coletânea do Sandy & Júnior, no Cristo Rei.
As músicas que nós cantávamos também eram excelentes... começava com o animadíssimo "Mangaralingolé, Mangaringolé, zupi, zipi zipi zuuum, Mangarelingolé UM, HEY", e a professora animava demais. Depois começavamos as mais tocantes... "meu limão, meu limoeiro, meu pé de jacarandá...", e claro, a clássica... "Mão de PIlão, carne seca com FEIjão, faRINha amassadinha, aRROZ com camarão. Essa sílabas maiores são as que batíamos a mão, feito um pilão! Era divertido!
Cansei de verdade. Acabou ficando tudo muito chato mesmo. Sem sentido, sem foco pra minha vida. E quando fiz doze anos, não voltei mais lá. Dei minha vaga a quem queria realmente passar por aquilo que no final acabei chamando de tortura. Hoje, nem sinto falta de nada... mas tenho vontade de tocar violão. Mas acho que se falar pro meu pai, ele manda eu para aquele lugar.
Depois dessa temporada onde tinha ocupação, passei a semana inteira estudando nas tardes e brincando na rua de esconder, carimbada, entre outros no final de tarde e as vezes pedalava pelo bairro, o que tornou mais frequente depois. Fiquei uns cinco anos também na natação, com todos os meus vizinhos, era muito legal. Só voltei a fazer cursos extras em 2007. Inglês, mas também fiz por um ano, Começou super bem, mais também entrou uma professora que era estudante de odontologia, e tinha uns dentes péssimos, e ela me odiava, e eu também. Não voltei lá.
Ano passado descobri que era importante falar inglês, e resolvi por conta própria com meu pai pagando, claro, a fazer inglês. E estou gostando até o momento. Apesar de que o meu professor agora é chato também, porque ele me deu aula no fundamental e eu não acreditei quando cheguei na sala e vi pelo vidro que ele ia me dar aula no semestre inteiro... mas respirei e estou lá. Espero que o tempo passa rápido e eu fixo e formo nesse inglês.
Por isso é bom mostrar aos seus filhos, os planos que você tem pra ele, para que não haja frustação de nenhum dos lados. Vai que você coloque sua filha no balé pra te dar um tempo, ela gosta do negócio de te conta depois que vai fazer faculdade de dança? Não se arrependa!

segunda-feira, 14 de março de 2011

Mais um vez, Ituiutaba!

Mais uma vez, estava em Ituiutaba. É sempre engraçado a chegada na cidade, ainda mais se você pegar ônibus da platina (o que vai sempre pegar, monopólio), com ar condicionado (raridade). Dica: Compre sempre a linha Uberlândia - Cachoeira Dourada, não sei por qual razão, mais sempre ultilizam os melhores ônibus da frota. 
Aí, você está naquele clima de Uberlândia, que é agradável, entra um ônibus relativamente gelado, e anda os 135 quilômetros até chegar na cidade onde o diabo mora dois quilômetros pra frente. Quando a porta abre, e você desce, você percebe, o calor receptivo da cidade. É incrível. Recomendo todos a sentirem.
Cheguei mais uma vez na cidade, ligo pra minha prima pra gente fazer algo, um sorvete, quem sabe. Mas antes de tudo, tinha que deixar minhas malas na casa de outra tia, onde ia me hospedar. De lá, ia pra casa da minha prima. Pensei... vou chamar um moto táxi, rápido, barato, eficiente. E assim foi. Localizei rapidamente na lista telefônica e chamei. Em poucos minutos já estava na porta. Saí, minha mãe fica só observando, o homem que dirigia a moto me entrega o capacete. Até aqui beleza. O problema é quando fui colocar o capacete. Abri a fivelinha, firmei, e começou a entrar... quando chegou no rumo dos ouvidos travou! E não descia mais. E eu naquela tentativa de ser rápido pra agilizar, fiquei nervoso e o capacete não entrava de forma alguma. Conformei nesse momento que tinha um cabeção, tentei ver onde meus pés estavam indo, consegui subir, e fui. Eu não vi nada do caminho, absolutamente nada! A parte dos meus olhos estavam tampadas, e eu não sabia o número da casa, eu sabia a cor do portão. Eu só vi o céu quando olhava pra cima, e o asfalto rolando quando olhava pra baixo. Até que firmei de certa maneira que consegui apontar a casa.
Isso me lembra do carnaval de 2010, quando também fui buscar meus abadás de moto, e aconteceu a mesma coisa... o capacete não entrava nem na orelha. E ele não deixou eu ir sem o tal capacete. O jeito foi ir com um capacete da minha tia, que tinha na casa, rosa, daqueles abertos embaixo. Mas deu tudo certo. Outra vez também fui ao centro da cidade e só conseguia ver os prédios. Que mico!
Cheguei na minha prima, e fiquei um pouco lá, contando o caso do capacete, todos começaram a rir da minha história, e eu fiquei triste, porque no fundo, eu tenho um cabeção!
O tempo passa, o sol dá um tempo, e resolvemos ir até a sorveteria da cidade chamada Naturipapa. Posso dizer que esse local é parecido com o Bombocado em relação as pessoas que frequentam. Descemos o morro da cidade, chegamos lá. Como de costume, pego o maior pote da sorveteria, com aquele famoso sistema onde você serve a vontade, pesa e paga. Minha prima foi na frente, falando dos sabores, e eu atacando, transbordando o grande recipiente, que ficou pequeno. Quando cheguei na área das besteiras, brigadeiros, caldas, doces, balas, confetes, onde algumas pessoas pegam mais, do que o verdadeiro sorvete, vejo minha prima jogando uns dados e acho tudo aquilo muito estranho. Na hora que fui pesar o meu, já coloquei, e a mulher me disse, "jogue os dados moço!", fiquei sem entender, aí minha prima vem me explicar a promoção da sorveteria, que você joga dois dados, se a soma der onze ou doze, você ganha, e logo depois apontou para uma propaganda que tinha em um grande mural falando da promoção. Quando fiquei por dentro, morri de raiva e já começei a discussão. Falei pra ela que estava errado o jeito que estava no mural, que eles tinham que aceitar a soma dez pontos também pela frase, que era uma promoção muito ruim, porque a probabilidade de ganhar aquilo era baixíssima, que as pessoas ficam empolgadas, como minha prima, e não ganham a promoção, e ela calada. Só me disse "jogue os dados", eu disse "tudo bem, eu jogo, mais isso é um absurdo". Quando joguei os dados, começei a somar, nunca demorei tanto pra fazer conta daquelas pintinhas pretas. Mais fui atrapalhado por um barulho de uma buzina e minha prima do lado dizendo "nossa, você ganhou!!" quando voltei os olhos para os dados, reparei que tinha dado onze na soma. A mulher só vira e disse "tá vendo que é fácil ganhar?!". Naquele momento fiquei calado. Somente perguntei, "tenho que levar algo no caixa?", e ela disse "Não, o rapaz do caixa ouviu a buzina.". Antes de virar e ir pro caixa, ela me fez a seguinte proposta... "Vamos tirar uma fotos pra colocar no  nosso site e para publicarmos no jornal da cidade?". Olhei pra ela, olhei pra minha prima, olhei pra sorveteria... pensei, por um lado, não sou daqui mesmo, mais mesmo assim, já falei tanta merda, e recusei na lata "Não!!".
Sentamos do lado de fora, e altos papos com minha prima que não via a um bom tempo. Tomamos o sorvete, fui embora. Depois de um tempo, volto pra Ituiutaba, e minha tia solta "Ah, você saiu no jornal, guardei pra você ver!". Na hora nem lembrava mais de sorveteria, até que ela falou dos ganhadores dos dados da sorte da naturipapa. Mais eu confirmei um monte de vezes que recusei a foto. Quando abro o jornal, estava lá, eu, abrindo a boca, pra botar o sorvete pra dentro, com a cabeça baixa no jornal, estilo paparazzi. Senti que foi uma revolta da mulher depois de falar tanta merda pra ela. Nem pensei em fazer nada não, Tudo bem. Tentei achar a foto pra comprovar no jornal online, mais está incompleto! Asssim é melhor, que só os assinantes de lá vê isso.

domingo, 13 de março de 2011

We are carnaval!

Carnaval passou, e as lembranças ficaram!
Esse carnval foi loucura, loucura! Como a tradição manda, Ituiutaba é o caminho para curtir. Na sexta, muitas tarefas para serem cumpridas e a dificuldade de achar uma passagem de ônibus, até que encontro as 16 horas. Arrumei as malas rapidamente, e nem vi se estava esquecendo algo. Quando cheguei na rodoviária, faltando menos de 10 minutos pro ônibus sair, o cobrador pede meus documentos. Beleza... tirei minha mochila das costas, abri, e começei a revirar, revirar, e não achava, e nisso minha mãe naquela pressão total do lado. Tinha tanto papel, que fui jogando tudo pra fora. Ligo pra minha irmã e ela manda a notícia... "Sua carteira está aqui em cima da mesa". Putz, merda! Porém, o cobrador deixou eu viajar, o problema era lá em Ituiutaba, porque no carnaval de lá, é no bloco racha coco, dentro do parque de exposições, e eu ia na área extra vip, que contém bebida alcólica e tem que apresentar um documento. No caminho, uma estrada bem movimentada, e minha cabeça movimentando as ideias do que faria quando chegasse lá. Liguei pra minha irmã, e pedi pra ela scanear todos os documentos que ela achasse. E depois disso não consegui mais falar com ela.
Chegando em Ituiutaba, peguei minha mala e nem avisei pra minha prima, que eu tinha chegado, eu só queria um computador e uma impressora naquele momento. Até que encontro uma lan house embaixo da rodoviária. Entrei no meu e-mail em desespero, e vi "documentos". Cliquei e vi minha identidade, cpf e CAM (certificado de alistamento militar). Uh, alivío. Minha intenção era imprimir colorido, mas, nessa lan house não imprimia. E eu também estava sem dinheiro, sem cartão da minha poupança. Dei sorte que achei duas notas de 2 reias, e umas moedas que deu um trocado bom, porque eu levei a mochila da faculdade, e tem muita moeda por conta de xerox da faculdade. Joguei no word, editei, e imprimi, pedi um clips também porque anexei junto boleto de faculdade, passagem de ônibus, comprovante de vestibular, passe, tudo que eu encontrei.
Peguei um taxi, fui pra casa da minha tia. Contei a história, e rolou a incerteza de todos sobre minha entrada no evento. Mas mesmo assim, ia tentar, então, fui no parque, na bilheteria trocar meu ingresso pelo abadá. Chamei um táxi. Demorou pra chegar, mas chegou. Fui negociando com ele o preço no caminho e nada mais. Não gosto de conversar com taxistas. Chegando no parque, confirmei pela quarta vez... "Você vai me esperar aqui né?" ele confirmou. Dei uns quinze passos, escolhi tamanho, peguei, no que eu viro pra voltar, o taxista estava saindo com outros clientes. Fiquei irado. Liguei na minha tia, que ligou na central do taxi pra procurar o homem. Aproveitei, tomei um fino banho de chuva, e já tinha uma galera na porta fazendo um esquenta... e posso dizer, galera animada!!! Aí, me encosta um homem... "você que veio comigo de taxi né?". Olhei pra cara dele, tentei ver o carro, memória zero. Foi uns 5 segundos, gaguejei, e confirmei. Entrei no taxi e reconheci o espaço.
Chegando na minha tia, fiz um super lanche mineiro, com pão de queijo, guaraná mineiro, pão do Bombocado, e por aí vai. Bombocado é uma padaria/lanchonete de Ituiutaba, onde tem muita comida mesmo, desde um pãozinho até os bombons da Sara, que é famoso por lá, só que a galera que frequenta acha que tá entrando em uma lanchonete da Europa, se acha demais. As patricinhas liga para os filhinhos de papai da cidade, que pega o carro emprestado com o papai, bota as gatinhas dentro, e vai pro bombocado, e se sente. Mas os boys são espertos. Os pais só liberam o carro, nada de dinheiro, aí as patricinhas pedem uma coxinha pequena no prato, e um copo pequeno de suco de laranja, e demorarm 30 minutos pra comer o salgado. Tem umas que pegam o cartão emprestado da mãe, e pagam R$2,00 no crédito e acham o máximo assinar aquele papelzinho depois, coitados.
  Logo depois tomei um banho e fiquei esperando minha madrinha que também é minha prima, ques estava vindo da Bahia, com o noivo dela, pra gente ir no carnaval e pra adiantar o processo, já havia pegado os abadás deles também. Chegaram já era 23:30. Até tomarem banho, customizar abadá, lanchar, conversar o básico, fomos pro carnaval mais de 1:30 da matina.
E no caminho sentia um frio, de medo, de não aceitarem meus scaneamentos de documentos. Estacionou o carro, R$15,00 conto. Absurdo. E já ouvia o som do babado novo. Subi a rampa pra entrar na festa, e já veio aqueles gigantes seguranças e pediu pra levantar os braços. Levantei, revistou a cintura e partiu para os bolsos. Sentiu que tinha muito papel e plástico, mas não questionou e mandou entrar. Reparei que não havia mais nenhuma barreira, já estava na festa e já vi uma negada pulando, correndo de um lado pro outro. Foi engraçado. Não pediram documentos, não colocaram pulseirinhas, livre.
No segundo dia, achei que ia pedir documentos... e nada. No terceiro, quarto e quinto também nada! Aposto que se eu não tivesse nada, umas quinhentas pessoas iam me pedir altos documentos. Fiquei triste, justo agora que tenho 18, que não ia usar aquela pulseira ridícula "MENOR DE 18 ANOS", e o cara que tá cantando pede pra você levantar as mãos, você só pode levantar uma, porque na outra tem a pulseira. Mas fez parte e foi um ótimo carnaval, tirando as desorganizações de Ituiutaba, como falta de refrigerantes a partir das 4 da manhã, falta de som no último dia, algumas bandas que não tocaram, assim como a chuva que só refrescou os foliões.




Agora, as músicas que fizeram sucesso, tanto no bloco, como nas casas, cervejada...
Em primeiro lugar, eu coloco "Liga da justiça", realmente essa música é bala pro carnaval. Conheci ela na sexta, sábado aprendi a coreografia, e terça ela não saia da minha cabeça!





Outra que marcou e fez a graça foi o funk das operadoras, que é uma praga também que fica na cabeça e que sempre me lembro do tonto cantando e fazendo um "pole dance" ?! É...





E várias outras, as tradicionais, as novas e por aí vai.

Centro de Uberlândia




























Fotos tiradas por mim, em um sábado de 2010. 

sexta-feira, 11 de março de 2011

Sem pessimismo

Todo festival tem seu show ruim. Todo show tem sua música chata e toda música tem um segundo chato. Toda cidade tem um bairro ruim, todo bairro tem um beco negativo, todo beco tem uma casa caindo, e toda casa tem um cômodo ruim, e todo cômodo tem uma parede podre. Todo corpo tem uma parte a melhorar. Todas as sorveterias, restaurantes tem um sabor que você não gosta, uma comida ruim. Toda sala de espera tem uma cadeira ruim, um cafézinho frio, ou uma água quente, o que deveria ser ao contrário, se não uma tv ligada passando um filme chato ou uma reprise de novela. Toda escola tem uma sala problemática, um diretor que nunca vai atender um problema, um professor mais chato, uma matéria ruim, uma sala com defeitos. Toda sala tem uma carteira estragada. Todo dia tem alguma matéria chata. Toda matéria uma hora fica chata. Toda hora tem seu minuto ruim. Todo minuto tem seu segundo deprê. Toda semana tem o pior dia. Todo dia tem a hora ruim.Todo período/semestre tem uma matéria chata. Toda vida tem um momento triste. Toda lâmpada dá mal contato até queimar. Tudo estraga até você criar seu jeitinho, e fazer durar mais até o seu fim. Todo mundo tem um defeito. Todo cacho tem uma fruta estragada. Todo corredor tem a porta errada. Toda viagem tem seu ponto chato. Toda cadeira tem uma posição desconfortável. Toda cama também. Ficar sentado demais cansa, ficar deitado e em pé também. Todo sonho tem seu pesadelo. Todos os pesadelos você acorda. E os sonhos também. Todo guarda roupa tem uma roupa que nunca se usa. Toda roupa tem um detalhe chato que você compra sempre com a promessa de dar um jeitinho depois. Todo "depois" tem sua consequência. Todo não é negativo e todo sim é relativo. Todo trabalho tem o chefe chato, o funcinário puxa saco, o preguiçoso, o burro de carga, e as curtas férias que você precisa curtir. Toda conta uma hora fica devedora. A falta de paciência sempre fica em excesso. O excesso sempre mata. Você nunca sente fome, mas acha que precisa comer e nunca acha o que quer. Você recarrega uma bateria pra acabar depois. Todo filme tem sua parte chata, o personagem chato. O livro também. Assim como um conto ou texto que lança seu fim ao além.

quinta-feira, 10 de março de 2011

Eu gosto do impossível, tenho medo do provável, dou risada do ridículo e choro porque tenho vontade, mas nem sempre tenho motivo.
Tenho um sorriso confiante que as vezes não demonstra o tanto de insegurança por trás dele.
Sou inconstante e talvez imprevisível.
Não gosto de rotina. Eu amo de verdade aqueles pra quem eu digo isso, e me irrito de forma inexplicável quando não botam fé nas minhas palavras.
Nem sempre coloco em prática aquilo que eu julgo certo.
São poucas as pessoas pra quem eu me explico...


Bob Marley

quarta-feira, 9 de março de 2011

caretas x idiotas

Sinceramente, as vezes você para pra pensar sobre o ser humano, ou seja, sobre você mesmo!
Eu já entendi algumas coisas nessa vida, mas sempre há algo pra surpreender você. Sempre.
Agora direto vem me surpreendo é idade. Incrivel! Acho que até merece um estudo geográfico, porque é de região, mas por enquanto apenas uma teoria minha.
Mas agora tem umas pessoas, que dá vontade de... nossa, que burros! Idiotas! Fazem coisas a qual não quero me referir que fica fácil identificar em uma festa, quem sabe?! É mais lá mesmo, ou em página de orkut, para aparecer literalmente, dizendo não a melancia porque ela não contém alcool. Imagina se tivesse, teria que inventar outro ditado.
Tem aquele lance também... as vezes algo em excesso faz mal, mas pouco também faz. Questão de equilibrio. Mas o que me refiro NÃO precisa de pouco, nem equilibrio. Ou seja, não precisa. Mas sempre tem uns palhaços que recusam a melancia e usam deles para adquirir capas, máscaras e virarem super heróis, ou tentarem mostrar algo que acham que faz o alto grau de estilo. Coitados.
Nem fazem bonito, mas vamos deixar eles cuidarem da vida deles, se ferrarem (pra não ultilizar outra palavra), que vários já foram por isso. Quem sabe são os próximos. Não estou desejando mal a ninguém, mas eles pedem, eles procuram os caminhos. E o pior que outras pessoas acabam sendo atingidos achando que tudo foi trágico, fim ruim... É nessas horas que olhar um histórico faz parte... não o escolar por favor, porque geralmente desas pessoas são terríveis. Até ajuda o desenvolvimento do caminho maléfico.
Então, nunca ache que você leva vantagem com isso, que você é o máximo, o top de linha da turma, cidade, vila... porque não é!



Aproveitar, e deixar minha tristeza quando fiquei sabendo do acidente com os meninos de Franca que estavam indo curtir o carnaval em Ituiutaba. Muito trágico, precoce.

Eu quero passar um final de semana contigo, ú, ú

Final de semana. A hora que pode ser a mais aguardada de uma semana ou não. Relativo?! Pessoal?!
Depois do último final de semana percebi que esses momentos, e singelos dois ou até três dias dependem muito da pessoa. Se você optar em ficar em casa, pode ser um tédio total. Ou não. Tem horas que ficar quieto faz parte, um filme, um programa, uma navegada... mas de uma forma ou outra você precisa curtir um pouco da vida.
Tive um final de semana completamente diferente do que estava acostumado. Começando pela sexta, parti para a primeira festa da turma da faculdade. Tudo novidade, por mais que moro do lado de uma faculdade pública, onde festa é certeira todas as quintas, mas presenciar, se socializar é outra história.
Aula de ciência política é completamente um saco. Já ouvi altas vezes... "vai sempre ter uma matéria que você não goste", e já descobri essa matéria. Pra piorar o professor também não colabora. E o pior agora, aula dele é sempre na sextas, nos dois últimos horários... Aê! Ele percebeu que estávmaos com a cabeça em outro lugar! E despachou a gente sem fazer chamada, o que me deu raiva. Então fomos pra festa.
O lugar onde foi a festa, eu nunca tinha ido na minha vida, nos meus 18 anos de Uberlândia! É sempre assim... eu sei que tem gente que conhece Uberlândia na palma da mão, mas no meu caso, tem horas que cada lugar é uma aventura nova! Isso acaba sendo legal! Esses dias mesmo, indo pra faculdade, o ônibus tomou sentido sul, no gávea. Uau, que vista diferente da cidade, vi a construção no novo shopping de outra maneira....
E tá, a festa né?! Foi bacana... bebidas, música, pessoal animado, brincadeiras do gênero, verdade ou consequência?! Ai já vê né...
Cheguei em casa, mais de duas da manhã, durmi e acordei porque era dia do meu inglês. Todo sábdo quando tomo rumo ao shopping lembro o tanto que eu era feliz no Brasil, com a Jéssica, Mariah, a tia da recepção, os colegas da turma. O inglês era outro. Tudo bem que a mudança foi uma consequência da faculdade, mais toda mudança no início é muito difícil. São pessoas já formadas, e é mais difícil ainda você entrar pra uma turma formada a mais de um ano. Mas passou os dois horários!
Logo mais tarde, começou uma chuva muito tensa na cidade de Uberlândia, altos raios, trovões, ventania, energia acabou em casa, fiquei sem internet, tv, telefone, e no mesmo dia era a despedida da minha amiga Isabela, que vai mudar pra Belo Horizonte, ser muito feliz, seguindo o caminho certo da sua vida... vai cursar turismo lá na UFMG! A chuva deu uma afinada, consegui carona pra ir e voltar, e fui. É sempre muito bom reencontrar os amigos do colegial. As novidades, os casos, os reecontros, as risadas, muito bom mesmo! Levei um tombo daqueles nesse dia, em uma das nossas fotos criativas! De lá, voltei pra casa, durmi, e o domingo chegou...
Domingão, minha irmã foi pra minha casa, e teve almoço, assisti mais alguns dvds que ganhei de aniversário, e recebi o telefonema da minha amiga Carolina fazendo o convite pro cinema, ver Bruna Surfistinha! E lá fomos nós. Filme era lançamento, uma fila pra comprar ingresso, e eu esqueci minha grade horária, e já tenho 18 anos, então, tive que pagar inteira, em pleno domingão. Mais valeu a pena. Sala lotada, gosto de ver assim para um filme brasileiro. Esse foi meu quinto filme brasileiro consecutivo... já havia assistido "Muita calma nessa hora", "Desenrola", "De pernas pro ar", "Tropa de elite" e agora "Bruna Surfistinha". Vou tentar seguir a linha de filmes brasileiros!
Lgo depois do filme cheguei a conclusão de que vida de prostituta é foda mesmo! Literalmente...
Partimos depois para uma lanche e fui para casa descansar. Cheguei a conclusão de que soube aproveitar e muito meu final de semana, e que sempre tem um jeito de curtir, independente do que você tem, não tenha, etc.
Curta a vida. Ela é curta.
Uma frase de criação do ensino médio... "A vida é como roda gigante, porém não para. Use jeans."