segunda-feira, 14 de março de 2011

Mais um vez, Ituiutaba!

Mais uma vez, estava em Ituiutaba. É sempre engraçado a chegada na cidade, ainda mais se você pegar ônibus da platina (o que vai sempre pegar, monopólio), com ar condicionado (raridade). Dica: Compre sempre a linha Uberlândia - Cachoeira Dourada, não sei por qual razão, mais sempre ultilizam os melhores ônibus da frota. 
Aí, você está naquele clima de Uberlândia, que é agradável, entra um ônibus relativamente gelado, e anda os 135 quilômetros até chegar na cidade onde o diabo mora dois quilômetros pra frente. Quando a porta abre, e você desce, você percebe, o calor receptivo da cidade. É incrível. Recomendo todos a sentirem.
Cheguei mais uma vez na cidade, ligo pra minha prima pra gente fazer algo, um sorvete, quem sabe. Mas antes de tudo, tinha que deixar minhas malas na casa de outra tia, onde ia me hospedar. De lá, ia pra casa da minha prima. Pensei... vou chamar um moto táxi, rápido, barato, eficiente. E assim foi. Localizei rapidamente na lista telefônica e chamei. Em poucos minutos já estava na porta. Saí, minha mãe fica só observando, o homem que dirigia a moto me entrega o capacete. Até aqui beleza. O problema é quando fui colocar o capacete. Abri a fivelinha, firmei, e começou a entrar... quando chegou no rumo dos ouvidos travou! E não descia mais. E eu naquela tentativa de ser rápido pra agilizar, fiquei nervoso e o capacete não entrava de forma alguma. Conformei nesse momento que tinha um cabeção, tentei ver onde meus pés estavam indo, consegui subir, e fui. Eu não vi nada do caminho, absolutamente nada! A parte dos meus olhos estavam tampadas, e eu não sabia o número da casa, eu sabia a cor do portão. Eu só vi o céu quando olhava pra cima, e o asfalto rolando quando olhava pra baixo. Até que firmei de certa maneira que consegui apontar a casa.
Isso me lembra do carnaval de 2010, quando também fui buscar meus abadás de moto, e aconteceu a mesma coisa... o capacete não entrava nem na orelha. E ele não deixou eu ir sem o tal capacete. O jeito foi ir com um capacete da minha tia, que tinha na casa, rosa, daqueles abertos embaixo. Mas deu tudo certo. Outra vez também fui ao centro da cidade e só conseguia ver os prédios. Que mico!
Cheguei na minha prima, e fiquei um pouco lá, contando o caso do capacete, todos começaram a rir da minha história, e eu fiquei triste, porque no fundo, eu tenho um cabeção!
O tempo passa, o sol dá um tempo, e resolvemos ir até a sorveteria da cidade chamada Naturipapa. Posso dizer que esse local é parecido com o Bombocado em relação as pessoas que frequentam. Descemos o morro da cidade, chegamos lá. Como de costume, pego o maior pote da sorveteria, com aquele famoso sistema onde você serve a vontade, pesa e paga. Minha prima foi na frente, falando dos sabores, e eu atacando, transbordando o grande recipiente, que ficou pequeno. Quando cheguei na área das besteiras, brigadeiros, caldas, doces, balas, confetes, onde algumas pessoas pegam mais, do que o verdadeiro sorvete, vejo minha prima jogando uns dados e acho tudo aquilo muito estranho. Na hora que fui pesar o meu, já coloquei, e a mulher me disse, "jogue os dados moço!", fiquei sem entender, aí minha prima vem me explicar a promoção da sorveteria, que você joga dois dados, se a soma der onze ou doze, você ganha, e logo depois apontou para uma propaganda que tinha em um grande mural falando da promoção. Quando fiquei por dentro, morri de raiva e já começei a discussão. Falei pra ela que estava errado o jeito que estava no mural, que eles tinham que aceitar a soma dez pontos também pela frase, que era uma promoção muito ruim, porque a probabilidade de ganhar aquilo era baixíssima, que as pessoas ficam empolgadas, como minha prima, e não ganham a promoção, e ela calada. Só me disse "jogue os dados", eu disse "tudo bem, eu jogo, mais isso é um absurdo". Quando joguei os dados, começei a somar, nunca demorei tanto pra fazer conta daquelas pintinhas pretas. Mais fui atrapalhado por um barulho de uma buzina e minha prima do lado dizendo "nossa, você ganhou!!" quando voltei os olhos para os dados, reparei que tinha dado onze na soma. A mulher só vira e disse "tá vendo que é fácil ganhar?!". Naquele momento fiquei calado. Somente perguntei, "tenho que levar algo no caixa?", e ela disse "Não, o rapaz do caixa ouviu a buzina.". Antes de virar e ir pro caixa, ela me fez a seguinte proposta... "Vamos tirar uma fotos pra colocar no  nosso site e para publicarmos no jornal da cidade?". Olhei pra ela, olhei pra minha prima, olhei pra sorveteria... pensei, por um lado, não sou daqui mesmo, mais mesmo assim, já falei tanta merda, e recusei na lata "Não!!".
Sentamos do lado de fora, e altos papos com minha prima que não via a um bom tempo. Tomamos o sorvete, fui embora. Depois de um tempo, volto pra Ituiutaba, e minha tia solta "Ah, você saiu no jornal, guardei pra você ver!". Na hora nem lembrava mais de sorveteria, até que ela falou dos ganhadores dos dados da sorte da naturipapa. Mais eu confirmei um monte de vezes que recusei a foto. Quando abro o jornal, estava lá, eu, abrindo a boca, pra botar o sorvete pra dentro, com a cabeça baixa no jornal, estilo paparazzi. Senti que foi uma revolta da mulher depois de falar tanta merda pra ela. Nem pensei em fazer nada não, Tudo bem. Tentei achar a foto pra comprovar no jornal online, mais está incompleto! Asssim é melhor, que só os assinantes de lá vê isso.

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